terça-feira, 24 de janeiro de 2012

John Bevere - Extraordinário Websode Semana 4

Mantendo a Constância em Cristo


Por David Wilkerson


A mensagem que estou lhe escrevendo agora é do Espírito Santo para mim. Em verdade, considero-a o meu próprio chamado pessoal para o despertamento. Entendo que muitos leitores podem não precisar ser mexidos como eu. Mas as mexidas do Espírito têm me tocado de modo tão profundo, que quero conservar estas notas à frente em minha mesa, para lê-las repetidamente daqui para frente.

Veja, há uma coisa que eu temo acima das outras: é a idéia de que eu possa me distanciar de Cristo. Eu estremeço diante da possibilidade de ir me tornando indolente, negligente espiritualmente, de ir diminuindo na oração, e passar dias sem buscar a palavra de Deus.

Viajando pelo mundo nos últimos quatro anos, testemunhei um "tsunami espiritual" mundial de distanciamento do Senhor. As ondas deste tsunami inundaram denominações inteiras, deixando no rastro ruínas de apatia. No mundo todo está acontecendo de igrejas e denominações que no passado eram fortes, estarem se distanciando dos caminhos piedosos dos antigos fundadores.

A Bíblia previne claramente que é possível o crente consagrado ser levado a distanciar-se de Cristo. E oferece fortes avisos quanto se guardar de cair no sono à hora da meia noite. "Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?" (Hebreus 2:1-3).

Paulo diz: "Vede prudentemente como andais...remindo o tempo, porque os dias são maus" (Efésios 5:15-16). Paulo também insiste, "Já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos" (Rom. 13:11). Ele acrescenta que algumas crentes "se tornam levianas contra Cristo...já algumas se desviaram, seguindo a Satanás" (I Tim. 5:11, 15). Nenhuma destas passagens é dirigida aos não crentes, mas aos cristãos cheios do Espírito. E a mensagem é clara: "Acorde do sono. Avive o teu dom!".

A Lei da Natureza Ilustra a Lei do Espírito

Fazemos bem em observar as leis da natureza. Todas as plantas e animais são criados por Deus, e seus ciclos de vida e seus cuidados refletem as leis universais dEle quanto à natureza. Paulo escreveu: "O que de Deus se pode conhecer é manifesto...por meio das cousas que foram criadas" (Romanos 1:19-20). Realmente, Jesus nos diz para olharmos para plantas, pássaros, para o gado, ovelhas, formigas, sementes, pois encontramos lições nelas. Eis aqui algumas verdades espirituais que encontrei ilustradas na natureza:

1. A negligência causa deterioração. Ganhei essa percepção quando li a respeito da espécie de um minúsculo animal encontrada nas Cavernas Mammoth nos Estados Unidos. Trata-se de um pequeno caramujo com cabeça totalmente clara, e dois pontos negros que parecem olhos. Quando os biólogos dissecaram esses pontos negros contudo, descobriram que esses "olhos" são falsos, incapazes de funcionar. 

O que aconteceu? Essa espécie no passado era multicolorida, e tinha olhos que funcionavam normalmente. Mas preferiu ficar nos subterrâneos escuros e frios, ao invés de ficar na luz. Ocultando-se assim, as cores brilhantes do molusco com o tempo se tornaram branco e preto. O animal não precisava de olhos, então a natureza se acomodou. A espécie perdeu totalmente a função da visão pelo fato de negligenciar, de descuidar continuamente da luz.

Eis uma lição poderosa quanto ao nosso caminhar espiritual: o quê não se usa, a gente perde. Tradução: é preciso constantemente exercitar suas faculdades espirituais se você espera ter vida espiritual. Não dá para simplesmente se ir à igreja no domingo, e achar que dá para sugar vida o suficiente no culto para enfrentar a semana à frente. É preciso que você tenha o seu próprio caminhar diário com Deus.

2. A negligência bloqueia todo crescimento espiritual. Se você negligencia o cuidado com as plantas e animais, deixando-os sem água e nutrientes, começa a morte. Passe por alguns bairros, e verá belos quintais, jardins, áreas verdes, flores e plantas cheias de cor. Nos fins de semana especialmente, poderá ver os moradores aguando as plantas, podando, arrumando e colocando fertilizantes.

Prezado santo, a Bíblia é Crescimento Milagroso puro. Se você é displicente com ela, encontrará sua alma murchando. Mas se cuida de sua alma regularmente com esse "alimento milagroso", virá cheio de poder e de vida.


domingo, 1 de janeiro de 2012

Poder para testemunhar - parte 3

Perdão de Pecados


A.  F. BALLENGER
O perdão de pecados, como o arrependimento, é algo que o Senhor concede e que cabe a nós apenas receber. "Deus... o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados." (At 5.31.)

   Para que uma pessoa possa receber do alto o poder para testemunhar, é necessário que primeiro possa dar testemunho de que Deus perdoa os pecados. Ninguém, entretanto, pode testificar disso, a não ser que o tenha experimentado. O Espírito Santo não dará poder para tornar convincente o testemunho de alguém, quando o fruto da sua vida contradiz o fruto de seus lábios. Se o testemunho não for vivo, se não se basear na experiência e no gozo do perdão, o Espírito Santo não o apoiará, porque a própria testemunha não está em condições de testificar. E é essa a razão por que muitos que testificam, quer seja do púlpito ou de entre a congregação, são tão fracos em seu testemunho. Não falam como quem tem autoridade mas como os escribas. Se eles testemunham sem com verdade, teriam que contar que vivem ainda sob a condenação de pecado. Mas por que viver sob contínua condenação, quando o Senhor anela conceder-nos o perdão?

Certa ocasião fui convidado a visitar o lar de uma senhora de meia-idade, para ajudá-la a se encontrar com o Senhor. A conversa transcorreu mais ou menos assim:

  Quero ter certeza de que meus pecados foram perdoados, disse ela.
  A senhora já confessou seus pecados?
  Já, centenas de vezes.
  A senhora se confessa crente?
  Sim, sou membro da igreja há quarenta anos.
  Sem nunca saber que seus pecados foram perdo­ados?
  Sim.
  Vamos ajoelhar-nos aqui mesmo e pedir mais uma vez a Deus que a perdoe. Vamos orar com fé.
Ajoelhamo-nos e oramos. Sua oração foi contrita, sua confissão veio do coração. Quando nos levantamos, a conversa prosseguiu:
  Alegro-me pelo fato de o Senhor ter perdoado seus pecados.
  Espero que o tenha feito.
  Mas então a senhora não sabe que o Senhor a perdoou? Não lhe confessou os pecados?
  Confessei, sim.
  E o Senhor não promete que, se confessarmos os pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça?
  Sim, promete.
  E a senhora confessou seus pecados?
  Sim, confessei.
  Então, de acordo com a palavra do Senhor, está perdoada, não está?
  É justamente isso que, por quarenta anos, tenho desejado dizer.
  A senhora não crê na Bíblia?
  Sem a menor dúvida.
  Pois então, a Bíblia não diz que, se confessarmos os pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar? Diz, sim.
  E a senhora crê na Escritura?
  Creio.
  Já confessou seus pecados?
  Sim, vezes após vezes.
  Então, segundo a palavra do Senhor, está perdo­ada, não está?
  É isso que tenho receio de dizer.
  Mas o Senhor não diz que, se confessarmos os pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados?
  É isso mesmo que ele diz.
  E a senhora, que diz? Tem coragem de afirmar que o que ele diz não é verdade? Tem coragem de dizer que não está perdoada?
  Não, isso não me atrevo a dizer.
  Mas receia dizer que está perdoada? E vive nessa dúvida há quarenta anos?
  É verdade.
  A senhora tem a certeza de ter confessado todos os seus pecados?
  Confessei todos de que tenho conhecimento.
  Confessaria mais um pecado se lhe fosse revelado?
  Confessaria sim, sem a menor hesitação.
  Mas não sabe que é pecado a sua recusa de crer na Palavra de Deus? A Palavra diz: "Aquele que não dá crédito a Deus, o faz mentiroso." (1 Jo 5.10.) Agora deixe de chamar a Deus de mentiroso e creia que ele lhe perdoa os pecados. Permita-me ajudá-la a vencer essa dúvida que a atormenta há quarenta anos. Repita comigo: "O Senhor me perdoou os pecados."
  O Senhor me... Tenho medo.
  Comecemos de novo. O Senhor me per...
  Tenho medo.
  Mas é crer em Deus ou perecer. Vamos começar outra vez: o Senhor me...
  Não consigo prosseguir; vamos orar.
De novo nos ajoelhamos, pedindo ardentemente a libertação do pecado e da incredulidade, pois o caso era desesperador. Depois nos levantamos, e mais uma vez, repeti com ela as mesmas palavras. Desta vez me acom panhou até o fim, irrompendo então em lágrimas de alegria pelo perdão recebido — alegria que ela poderia ter experimentado quarenta anos antes, não fosse a incredulidade.

    Alguém exprimiu o caso de maneira clara e simples: "Não podes expiar os pecados que cometeste; não podes transformar teu próprio coração; não podes tor­nar-te santo. Mas Deus promete fazer tudo isso para ti através de Cristo. Crê nessa promessa. Confessa teus pecados e entrega-te a Deus. Decide-te a servi-lo. E tão certo quanto fazes isso, Deus cumpre sua palavra a ti dirigida. Se crês na promessa — crês que és perdoado e purificado — Deus cumpre a realidade: és curado, tal como Cristo deu ao paralítico o poder para andar quando o homem creu que estava curado. Se crês, é verdade.



"Não esperes sentir que estás curado, porém dize: 'Creio, e é certo, não porque eu o sinta, mas porque Deus prometeu."