quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Presença de Deus

Por David Wilkerson

A Presença de Deus

 
O perigo de perdê-la — Como perdê-la — Como reconquistá-la!
  


   Davi cometeu adultério com Bate-Seba, "... Porém isto que Davi fizera, desagradou ao Senhor" (2 Samuel 11:27). Bate-Seba tornou-se rainha, e Davi foi cuidar dos seus deveres reais. Um dia, talvez enquanto estivesse numa importante sessão de assuntos do governo com embaixadores estrangeiros, alguém se aproximou do rei e cochichou: "Senhor, o profeta Nata está aí. Ele está impaciente e insiste em vê-lo imediatamente. Diz ele que é assunto de vida e morte!"
   Posso imaginar Davi ficando lívido, o sangue fugindo do seu rosto, incapaz de mexer-se, paralisado de medo. Seus pensamentos correram: "Oh, não! Ele sabe! Ele deve saber. Ele é profeta! Deus deve ter-lhe falado a respeito do meu caso secreto com Bate-Seba! Ele sabe que Urias não morreu por acidente; sabe que mandei matá-lo! Tudo está acabado! Estou liquidado. Arrasado! Ele vai desmascarar-me!" Logo Davi despediu a todos. Respirando lenta e profundamente, deu instruções ao servo: "Conduza Nata aos meus aposentos particulares." E de repente, lá está o profeta com olhos profundos, penetrantes, Nata, o santo homem de Deus. Davi deixa-se cair numa cadeira, branco como um fantasma. "Deus o abençoe, Nata. Em que posso ser-lhe útil? Diga-o!"
   Natã começa a contar a Davi o terrível pecado de um homem rico que furtou uma cordeirinha. Davi sente-se aliviado! "Ele não sabe! Ele não está aqui para desmascarar-me! Ele está ocupado demais com o pecado de outra pessoa!" Davi é todo ouvidos agora e responde: "Natã, você quer dizer que este homem rico tremendamente egoísta tinha muitas ovelhas e gado, mas quando chegou alguém e ele necessitava de carne para a sua mesa, furtou a única cordeirinha de um vizinho pobre? E essa cordeirinha era amada pela família, vivia em sua casa, brincava com as crianças, dormia com elas? E este rico, ganancioso, furtou essa cordeirinha? Não é possível, Natã; tão certo como Deus vive, matarei esse homem. Que coisa terrível! Vou fazê-lo restituir quatro vezes mais o valor da cordeirinha. Não se preocupe. Vou dizer ao meu capitão que me traga este homem agora mesmo. Como se chama ele, Natã? Diga-me. Quem é ele?"
   Natã volta-se de maneira abrupta, olha Davi nos olhos, aponta-lhe o dedo, e diz: "Tu, Davi. Tu és o homem! Tu roubaste Bate-Seba! Tu és o assassino egoísta!" Davi perde a fala. O terror apodera-se de seu coração enquanto Nata clama: "Por que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos?" (2 Samuel 12:9). Então vieram estas pavorosas palavras: "Eu suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo" (2 Samuel 12:11). Davi clama: "Pequei contra o Senhor" (2 Samuel 12:13).
   Davi está terrificado, não por causa da profecia de Nata de que ele perderia suas mulheres. Não, Davi se lembra do que aconteceu com Saul em virtude de pecado e de rebelião. Davi tinha visto aquele grande homem de Deus desmoronar-se; ele o tinha visto cair em estado de loucura quando a presença de Deus se retirou. Ele chorara diante da visão de um homem de Deus, outrora poderoso, amaldiçoar, viver em temor, sem esperança. Davi sabia como era o fim de um homem que perde a presença de Deus. Ele tinha visto o espírito mau que possuiu a Saul. Por isso Davi clamou: "o meu pecado está sempre diante de mim... . Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto ... Não me lances fora da tua presença, não retires de mim o teu Espírito Santo" (Salmo 51:3, 10, 11).

 
Que acontece a um filho de Deus quando sua presença se retira?


   Se os cristãos levassem a sério a experiência de Saul, eles clamariam ao Senhor como o fez Davi: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro... não me retires o teu Santo Espírito!" Saul é um retrato trágico do cristão que perdeu a santa presença de Deus.
   Há três evidências terríveis. A primeira é melancolia, espírito deprimido. O Espírito de Deus retirou-se de Saul porque ele se recusou a obedecer à ordem do Senhor. Saul recebeu ordens para nada fazer antes que Samuel viesse a Gilgal a fim de buscar a Deus e oferecer sacrifícios; mas Saul ficou impaciente e tentou solucionar a questão por suas próprias mãos. Por isso Deus o deixou "porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou" (1 Samuel 13:14). Ele não foi sério com respeito à Palavra de Deus.
   Então caiu sobre ele um espírito de inveja e de ciúmes, e ele se tornou inseguro. As multidões cantavam: "Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares... Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita. .. No dia seguinte um espírito maligno da parte de Deus se apoderou de Saul", ele teve uma crise de loucura dentro de casa (1 Samuel 18:7-10). O original hebraico diz: "O espírito de melancolia enviado por Deus veio sobre Saul, e ele fingiu profetizar dentro de casa. .." A palavra é realmente "Fúria!" Saul andava pela casa, furioso, quebrando as coisas num acesso de raiva. Parecia um louco! Saul arremessou sua lança contra Davi, tentando matá-lo. "Saul temia a Davi, porque o Senhor era com este e se tinha retirado de Saul" (1 Samuel 18:12).
   Não há nada pior que se possa dizer de um filho de Deus do que "a presença do Senhor se retirou dele". No lugar da presença de Deus vem a desesperança, o vazio, e isso causa repentina irritação, acessos de mau humor, ciúmes, inveja e medo. Este espírito de melancolia que se apoderou de Saul fê-lo crer que os outros o perseguiam, que todos conspiravam contra ele, que ninguém o amava e ninguém se compadecia dele. "Todos vós tenhais conspirado contra mim? Ninguém houve que me desse aviso de que meu filho fez aliança com o filho de Jessé, e não há ninguém dentre vós que se doa de mim" (1 Samuel 22:8). Ele agora não confiava em seu próprio filho. E num dia negro de infâmia, Saul ordenou a execução de 85 sacerdotes. Depois mandou destruir por completo a cidade de Nobe, cidade de um sacerdote, incluindo mulheres, bebês e crianças; Saul tornou-se um maquinador, um manipulador de pessoas. Seu lar estava dividido e em confusão. Ele não conseguia dormir à noite, sempre inquieto.
   Há uma depressão causada pela falta de determinadas substâncias no cérebro, que é um problema estritamente médico. Mas grande parte da depressão entre o povo de Deus se deve à retirada do Espírito de Deus por causa da desobediência. À semelhança de Saul, recusam-se a levar Deus a sério. E como Saul, tornam-se irritáveis, ciumentos, invejosos, manipuladores e detestáveis.
   A segunda evidência da perda da presença de Deus são as confissões freqüentes e as ocasionais ações poderosas do Espírito sem que haja mudança de coração. Saul estava sempre confessando, sempre dizendo: Pequei! Sinto muito!" Ele disse isso em Gilgal quando desobedeceu a Deus, poupou o melhor do gado e salvou o perverso rei Agague. Ele o disse a Davi, depois de este haver-se recusado a matá-lo na caverna: "Tu me recompensaste com bem, e eu te recompensei com mal" (1 Samuel 24:17). Saul arrependeu-se de novo no outeiro de Haquilá depois que Davi entrou sorrateiramente no acampamento enquanto o guarda-costas de Saul dormia e furtou a lança de Saul e a botija de água. Então Saul gritou: "Pequei. Volta, meu filho Davi, pois não tornarei a fazer-te mal" (1 Samuel 26:21). Mas a despeito de tudo isto, seu coração nunca mudou em realidade; na realidade, ficava mais empedernido depois de cada confissão.
   Quando Davi fugiu para Rama afim de estar com Samuel e com os profetas, Saul apareceu para matar a Davi. Mas em vez disso, o Espírito veio sobre Saul " mas o mesmo Espírito de Deus veio sobre ele, e ia caminhando e profetizando, até chegar a Naiote, em Rama. Ele despiu as suas vestes e profetizou diante de Samuel. Esteve nu por terra todo aquele dia e toda aquela noite" (1 Samuel 19:23-24). Quando ele se aproximou do fogo de Deus, entre pessoas santas, o Espírito de Deus feriu-o como raio. Era assombroso! O dia todo, e a noite toda, pronunciamentos proféticos, louvando a Deus. Mas depois que se levantou, voltou de imediato aos seus caminhos obstinados.
   Quantos cristãos são assim! De quando em quando Deus atua sobre eles; então choram e prometem a Deus que as coisas vão mudar. Deus lhes dá temporadas de refrigério a fim de atraí-los para si, para reverter o pecado. Mas nunca se transformam. Não se entregam a uma vida de devoção. Não estudam a Bíblia. Não oram. A presença de Deus não permanece com eles. Só de quando em quando experimentam a verdadeira ação do Espírito de Deus sobre eles.
   A terceira evidência da falta da presença de Deus é uma vida de confusão, sem nenhuma orientação, sem nenhuma palavra pessoal da parte de Deus. Uma das mais tristes passagens da Bíblia relata como Saul buscou conselho da feiticeira de En-Dor porque Deus se havia recusado a responder-lhe (veja 1 Samuel 28:5-20). Ouça as palavras tenebrosas de Saul: "Deus se tem desviado de mim, e já não me responde" (v. 15). Este é o triste sinal do cristão que perdeu a presença de Deus. Ele caminha em confusão e aflição, andando daqui para lá rogando uma palavra da parte de Deus, até mesmo consultando horóscopos e astrólogos, qualquer coisa ou qualquer pessoa que alegue ser profética.

 
Como é que se perde a presença de Deus?
   
   Hoje os cristãos perdem a presença de Deus do mesmo modo que Israel perdeu. Depois que Israel foi salvo do mar Vermelho e todos os seus inimigos foram derrotados, morrendo no mar, "o povo temeu ao Senhor, e confiaram no Senhor e em Moisés, seu servo" (Êxodo 14:31). Depois de salvos, eles prometeram proporcionar a Deus uma habitação, um lugar em seus corações para que a sua presença estivesse sempre com eles. A nação toda prometeu, "ele me foi por salvação. Este é o meu Deus, portanto eu o louvarei" (Êxodo 15:2).
   Perde-se a presença de Deus porque não há lugar destinado a mantê-la! Israel prometeu a Deus que eles nunca se esqueceriam da hora do seu livramento, que seus corações seriam sua tenda, seu lugar de habitação, que se lembrariam disto para sempre. Isto é comunhão diária. Não foi isto que você prometeu a Deus quando ele o salvou? Você daria a ele todo o seu coração! Seu corpo seria o templo de Deus! Sua Palavra seria o seu deleite! Você sempre seria grato e piedoso!
   Mas Israel ignorou a presença de Deus e esqueceu-se de sua Palavra. E assim ainda é hoje. O povo de Deus tem tão pouca consideração pela presença de Deus que não arranja tempo ou lugar para o seu Espírito. Raramente visitam o local secreto de oração, que é a habitação de Deus, sua tenda. Muitos citam o versículo: "Porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei" (Hebreus 13:5); mas continue a leitura — o versículo 7 traz uma ordem para dar atenção à Palavra de Deus.
   Em segundo lugar, perde-se a presença de Deus quando se erige o bezerro de ouro. Deus chamou aos israelitas que se congregaram em torno do bezerro de ouro de "povo de dura cerviz". Eles representam o povo que não fica a sós com Deus, que não arranja tempo nem proporciona um lugar para a doce comunhão com ele. Um povo do qual o Espírito e a presença de Deus se retiram é um povo que em breve se deixa consumir pela idolatria. Não devemos ridicularizar os israelitas que dançavam ao redor do bezerro de ouro. O cristão não deve perguntar com ares de superioridade: "Como puderam descer a um nível tão baixo?" Pois o bezerro de ouro ainda está entre nós.
   Que é o bezerro de ouro? É um símbolo. Ele representa um problema do íntimo do coração. Simboliza uma indiferença para com os mandamentos de Deus. Com seus atos os israelitas diziam: "Deus não tenciona dizer exatamente o que diz!" Eles nem tampouco levaram a sério as advertências divinas. Por que Israel se tornou tão desinteressado, tão despreocupado e sem temor à Palavra de Deus? Porque a voz profética era coisa do passado. O profeta trovejante não era visto em parte alguma. Não havia nenhum homem santo de Deus ali no momento para reprová-los. Apenas Arão, o sacerdote tolerante para com o pecado. Moisés encontrava-se no monte com Deus.
   Hoje também é assim. Nos últimos 30 anos temos presenciado um evangelho permissivo. Só recentemente apareceram profetas. Esta falta de reprovação piedosa tem produzido uma indiferença que permite ao cristão absorver sujeira sem aperceber-se disto, ser indiferente ao estudo da Palavra de Deus, desinteressar-se da oração. Sim, o bezerro de ouro é um espírito no povo de Deus, um espírito de indiferença.

 
Como recuperar e conservar a presença de Deus?
  


       Uma vez que tantos cristãos ignoram a oração, a verdadeira pergunta é: "Você quer que a presença de Deus esteja ao seu lado, de forma real?" Porque, acredite se quiser, Israel poderia ter prosseguido para possuir tudo o que Deus havia prometido — sem a sua presença! Israel poderia tê-lo feito, e muitos cristãos o fazem hoje.
   Deus disse a Moisés que tomasse o seu povo e o conduzisse à Terra Prometida; também disse que um anjo os guiaria, e não ele próprio. "Mas eu não subirei no meio de ti, porque és povo de dura cerviz, para que eu não te consuma no caminho" (Êxodo 33:3). Pense nisso! Todas as bênçãos de Deus, todos os direitos que ele prometeu, a plena herança, mas sem a sua presença! A presença de anjos, uma terra que mana leite e mel, mas sem a presença de Deus!
   Saul perdeu a presença de Deus, entretanto o Senhor permitiu que ele derrotasse os amalequitas. Saul venceu os filisteus. Ele ainda era rei. Mas quão terríveis são as conseqüências de ser deixado fora da presença do Senhor! Nesta situação o pecado prospera, os ídolos entram e a carne toma o trono. Davi tinha visto tal coisa, de modo que ele clamou: "Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito." Moisés conhecia essas conseqüências, por isso ele se recusou a ir sem a presença de Deus. Ele disse a Deus: "Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir deste lugar. Como se saberá que achamos graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é por andares conosco, de modo que somos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra?" (Êxodo 33:15-16).
   Três fatos aconteceram antes que a coluna de nuvem da presença de Deus voltasse: "Ouvindo o povo estas más notícias (que Deus não iria com eles), pôs-se a prantear, e nenhum deles vestiu os seus atavios. Ora, Moisés costumava tomar a tenda e armá-la para si, fora, bem longe do arraial. Todo aquele que buscava ao Senhor saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial. Quando Moisés entrava na tenda, descia a coluna de nuvem" (Êxodo 33:4,7,9).
   Primeiro eles prantearam, choraram, entristeceram-se e se arrependeram diante das más notícias da retirada de Deus. Ficaram sabendo que Deus não habita com um povo rebelde que tem pouca estima por sua Palavra. Descobriram que ele faz exatamente aquilo que diz. Embora eles fossem escolhidos, Deus disse que os deixaria. Ouça a sua Palavra: "Voltai para mim de todo o vosso coração, com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes. Voltai para o Senhor vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em amor, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção" (Joel 2:12-14). Essa bênção é a presença do Senhor.
   Onde estão os cristãos que levarão a sério a sua Palavra, que chorarão, jejuarão e o buscarão, até que haja uma promessa de sua presença?
   Em segundo lugar, eles puseram de lado todos os seus atavios. O Senhor disse: "Tira, pois, de ti os atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer" (Êxodo 33:5). Isto quer dizer que eles tomaram providências práticas para afastar toda distração mundana. Seus atavios eram cópias de ouro e prata dos maus deuses egípcios — camundongos, bodes e bezerros balançando em correntes. A desculpa que eles apresentavam era: "Eu não adoro esta coisa que está no meu pescoço. É apenas um pedaço de ouro. Não significa nada; é um lembrete sentimental do Egito!" Deus, porém, sabia que era mais do que isso. O profeta Sofonias advertiu que Deus julgaria esses israelitas: "Exterminarei... os que se inclinam ao Senhor, e juram por ele e também por Milcom"
(Sofonias 1:4-5). O povo de Deus havia feito pequenos atavios, imagens do deus moabita e amonita Milcom (Moloque), o deus de sacrifício humano. Até este tempo Deus havia suportado este namoro, mas agora o problema era vida ou morte. Seus pequenos amuletos os haviam levado a fundir o bezerro de ouro. Por isso Deus disse: "Basta! o mínimo que vocês podem fazer é desfazer-se de tudo quanto os encanta! Qualquer coisa a que vocês sacrifiquem seu tempo!"
   Dizem os cristãos que eles desejam a presença de Deus, mas não cuidam de desfazer-se das coisas que obviamente os desviam dele. Josué ordenou ao povo: "Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses" (Josué 24:14). "Deitar fora", no hebraico significa "desliguem-se de seus deuses". Deus não está brincando quando ordena: "Não meterás, pois, coisa abominável em tua casa" (Deuteronômio 7:26); "não toquem em coisa impura"; "não ponham coisa iníqua diante de seus olhos"; "andem diante de mim sem mácula". Portanto, eles se despiram de tudo quanto ofendia a Deus.
   Em terceiro lugar, Moisés erigiu uma tenda fora do acampamento. O tabernáculo ainda não havia sido edificado. Esta era uma tenda especial, uma habitação para a presença de Deus, localizada fora de toda distração, longe do arraial. Só os que em verdade buscavam o Senhor é que iam até a tenda. Moisés saía diariamente, e Josué nunca deixou de fazê-lo. Essa tenda representa o local secreto de oração do cristão. O filho de Deus deve deixar para trás sua família e seu horário todo tomado. Ele deve afastar-se de tudo isso para encontrar-se com o Senhor, para buscar a sua face, pois Deus lamenta que "ninguém há que levante a minha tenda e lhe erga as lonas" (Jeremias 10:20).
   Só, então, o problema foi resolvido. "Quando Moisés entrava na tenda, descia a coluna de nuvem, e ficava à porta da tenda, e o Senhor falava com Moisés... Respondeu-lhe o Senhor: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso" (Êxodo 33:9,14). Se você realmente deseja a presença de Deus, onde está a sua tenda? Por que não busca mais ao Senhor? Por que não estuda a sua Palavra? Por que seu único contato com ele é a igreja? Será que você não conhece, ou mesmo nem procura conhecer, acerca da presença de Deus em sua vida?
 
 
 
Extrádo do Livro "David Wilkerson - Exorta A Igreja"

Um comentário:

  1. Muito obrigada por postar essa palavra! Muito obrigada mesmo!

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