sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A Invasão Divina - Parte II



Por Bob Mumford

Espírito, Alma e Corpo



Para entendermos a raiz dos problemas humanos, precisamos de ver como tudo iniciou. Deus criou o homem com espírito, alma e corpo. (Gênesis 2:7; Hebreus 4:12; I Tessalonicenses 5:23). Ele fez o espírito com o propósito de dominar sobre a alma e o corpo. Como sabemos, o pecado entrou. O homem não apenas caiu – ele morreu. Quando Eva comeu o fruto, seu espírito "morreu". Daí para frente as pessoas viviam apenas com alma e corpo. O homem se tornou muito sensual, sendo dominado pelo corpo e pela alma. Seu espírito estava "morto".


Quando o homem vem a Cristo, o Senhor sopra sobre seu espírito. Nós chamamos isto de novo nascimento.


O espírito do homem torna a viver, e o homem espiritual começa a crescer. Ele nasceu de novo; já é um filho de Deus!


Com o batismo nas águas e no Espírito Santo, este homem espiritual está realmente vivendo. As coisas que uma vez odiava, agora o atraem. Mas veja bem qual é a situação verdadeira deste homem. Ele é salvo, batizado nas águas e no Espírito Santo, porém continua sendo dominado pelo corpo e pela alma. Existem hábitos na velha natureza do homem físico e do homem emocional que continuam exercendo seu domínio. Nós vamos chamar estes conjuntos de comportamentos enraizados que existem no corpo e na alma do homem de estruturas de hábitos.


Temos, portanto, um homem espiritual debaixo deste domínio ou influência do corpo e da alma. E este espírito regenerado, muito pequeno e novo ainda, está clamando ao Senhor: -- Ó Deus, quero conhecer-Te! Ajuda-me a sair desta situação em que não faço o que quero, e sim o que não quero. Não quero viver assim. Quebra o domínio destas coisas sobre mim para que eu seja livre. Quero ser um verdadeiro homem espiritual.


Entenda bem esta situação. Este homem é salvo; se ele morrer irá ao céu. No entanto, ele está debaixo do domínio da natureza do corpo e da alma. Com toda aquela sujeira do velho homem por cima, o espírito começa a manifestar uma fome diferente, pedindo tudo que Deus tem. Ele quer dedicar sua vida inteiramente ao Senhor.
Hábitos Fugitivos


O homem já é um fugitivo profissional da realidade. Por natureza nós aprendemos a rodear a situação, fugir dela, esquecer-nos dela, mas nunca enfrentá-la. Quando encontramos com Jesus, pensamos que podemos usar as mesmas táticas para controlar a Ele também! Fazemos “greves” de fome, vigílias de oração, mas o que nós realmente queremos é que Deus siga nosso caminho tortuoso e cheio de desvios.


A intenção de Deus é que andemos em caminho reto, enfrentando as situações da vida como homem. Ele não permite que Seus filhos usem drogas, música doida, sexo, ou nenhuma das outras coisas que o homem usa para fugir das implicações da vida, tomando as suas responsabilidades e tratando as questões vitais face a face pelo poder do Espírito Santo.


Os hábitos fugitivos se manifestam de diversas maneiras. Algumas pessoas têm hábitos sexuais errôneos, outras tem hábitos de temor, hábitos financeiros estranhos, maus hábitos mentais. Há pessoas cujos pensamentos são totalmente sujos e que não conseguem se livrar deles.


Tudo isto acontece quando você é controlado pela alma ou pelo corpo. Você aprende a tomar um, ou vários, caminhos de desvio da situação real. O homem, porém, que conhece o Senhor aprende a enfrentar a vida e as outras pessoas. Ele aprende a aceitar e tomas as responsabilidades que lhe pertencem. Ele trata com as questões vitais face a face. Ele aprende que não pode fugir nem pela direita nem pela esquerda. É preciso enfrentar as implicações de suas responsabilidades como um cristão.
A Patrola de Deus


Por muitos anos os tratamentos de Deus com Seu povo me causavam espanto e admiração. Minha pergunta constante era: -- Por que Deus trata tão severamente com Seus filhos?

Eis uma outra lei de Deus: Os tratamentos de Deus estão em proporção direta, na sua severidade, à profundidade das nossas estruturas de hábitos. Deus não trata conosco por um instante além daquilo que necessitamos. Ele é um Pai, e a necessidade de correção está em nós. O problema está dentro de nós, não na dureza ou severidade de Deus.


É como meu pai falava quando eu era menino: -- Filho, eu vou bater em você agora, mas isto doe mais em mim do que em você!


Eu não podia compreender a dor no coração de meu pai; eu só podia sentir a minha dor física, e ter pena de mim mesmo. Mas quando Deus trata conosco, afligindo e disciplinando-nos, Seu coração está sentindo uma angústia muito maior que a nossa.

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